Cuidado! Seu crescimento financeiro pode estar em risco.
Nascer e viver em um país com liberdade econômica como o Brasil faz muitos de nós ter a esperança de um dia alcançar um patamar financeiro diferente daquele em que nascemos. Certamente a maioria dos nossos pais nos educou para ir mais longe do que eles puderem ir. Essa expectativa está atrelada normalmente ao maior acesso na educação alcançado pelas novas gerações.
“Meu filho, estude. Assim você terá um futuro melhor”, aconselham os pais. Não tenho a menor pretensão de negar essa afirmativa neste artigo, porém, há uma verdade inegável acontecendo aqui. A grande maioria dos brasileiros não está conseguindo ir tão mais longe que seus pais foram financeiramente, apesar de terem ido adiante na vida acadêmica. Em 2018 a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou um relatório econômico da situação de 30 países, destes o Brasil ocupava a segunda pior posição no ranking de mobilidade social. O estudo faz uma projeção de que uma criança que nasce pobre no Brasil precisaria de nove gerações para alcançar os patamares mais altos da ascensão econômica. E aqui a gente abre a possibilidade de discutir amplamente as definições de classes econômicas tanto no Brasil quanto em outros países. Sabe-se também que por vezes os dados divulgados não são retratos reais da situação. Tanto Governos quanto organizações fazem uso de estudos como estes para alcançar algo como aportes financeiros, classificações em rankings que os interessem, pressão política, militância ideológica, manobras diplomáticas, etc.
Há um estado letárgico em se ter um salário no fim do mês. Isso basta para muitos!
Mas, a questão é: ao olhar a minha volta vejo muitos dos meus amigos, familiares, vizinhos e colegas de trabalho que concluíram o ensino superior – muitos têm até duas pós-graduações – mas não conseguem ganhar muito mais do que seus pais ganhavam. Seus ganhos não trazem uma diferença significativa em relação aos seus pais e nem é proporcional ao esforço necessário para concluir sua faculdade. E por que isso acontece? Você diria: “o país está saindo de uma grande recessão, as oportunidades no nosso país estavam escassas”. Sim, isso pode ter contribuindo com a piora da situação financeira de muitos brasileiros, mas há algo muito importante para prestarmos atenção. A grande maioria dos brasileiros está acomodada com sua situação financeira. Eles não constroem quase nada com seus rendimentos. A ambição de muitos ainda é possuir casa e carro próprio. O dinheiro entra e sai de suas contas bancárias. Eles estão empenhados ou em conquistar esses dois objetivos ou em arcar com as prestações deles.
As pessoas se acostumam a viver pagando boletos e acumulando infinitas parcelas. São escravos de seus salários, pensões ou aposentadorias. Há um estado letárgico em se ter um salário no fim do mês. Isso basta para muitos! Pode ser cômodo não ter ambições. Pode ser até patológico, pois muitas pessoas gastam tudo o que recebe por problemas emocionais que não são percebidos.
Felizmente para aqueles que trilham o caminho da educação financeira o resultado é muito diferente. Essas pessoas superaram a mentalidade comum do brasileiro. Muitas poderiam ficar satisfeitas apenas com a conquista de casa e carro próprio, mas, ao invés disso, elas multiplicam seu patrimônio para atingir um nível financeiro que lhes garanta não apenas o sustento tranquilo do mês a mês, mas também estabilidade por toda a vida, independência do salário (por vezes monótono até nos centavos) e sim, a possibilidade de amparar seus velhos pais, se preciso for, pois para os netos destes, o futuro já estará bem melhor direcionado tanto pela orientação financeira (que certamente será repassada), quanto pela possibilidade de usufruir dos bens da família.
